Dra Marcela Benez é especialista em tricologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Esta é uma especialidade da Dermatologia que cuida dos cabelos, das doenças do couro cabeludo e das perdas de cabelo.
É normal cair 100 fios de cabelos por dia, porém a queda excessiva gera preocupação tanto para homens como para mulheres. Existem várias causas de alopecia dentre elas: a alopecia androgenética, eflúvio telógeno, doenças inflamatórias (lúpus e líquen plano), alopecia areata, e etc.
- Acne inflamatória moderada a grave e que não responde aos tratamentos convencionais
- Fotoenvelhecimento
- Ceratoses actínicas
- Carcinoma basocelular tipo superficial
Como é feito o diagnóstico?
Existem diversas causas de alopecias, por isso, é necessário que o diagnóstico seja feito de forma correta para direcionar e otimizar o tratamento.
O diagnóstico é feito através da dermatoscopia. Utilizamos o dermatoscópico sobre o couro cabeludo para melhor avaliarmos as hastes dos fios e lesões presentes no couro cabeludo. Esse conjunto de sinais nos indicam a doença que está gerando a perda de cabelos.
Porém, algumas vezes torna-se necessário realizar biópsias (retirar partes milimétricas do fio e da pele do couro cabeludo) para confirmar uma suspeita clínica e confirmar o diagnóstico correto.
Tipos de Alopecias?
- Alopecia androgenética
Conhecida como calvície, é um problema comum que pode levar à perda total ou parcial dos cabelos. Embora seja mais comum entre os homens também pode afetar mulheres.A alopecia androgenética é desencadeada por fatores genéticos e hormonais (excesso de hormônios masculinos). A boa notícia para quem sofre deste problema é que existem inúmeras opções de tratamento tópicos, como soluções de minoxidil e 17-alfa estradiol e, orais como a finasterida e antiandrógenos sistêmicos, como a ciproterona e espironolactona. No caso de alopécia androgenética feminina, dá-se preferência à terapêutica tópica. Nos casos mais acentuados, o transplante de cabelo pode ser uma opção.
- Eflúvio telógeno agudo ou crônico
O eflúvio telógeno é outra causa comum de queda intensa de cabelos que estão na fase (telógena) do crescimento capilar. Podem ser várias as suas causas como: pós-parto, interrupção do uso de pílulas anti-concepcionais ou de reposição hormonal, infecções e doenças acompanhadas de febre alta, traumas físicos e/ou emocionais, pós-operatório, doenças da tireóide, deficiências nutricionais (ferro, zinco, selênio e proteínas) ou dietas muito restritivas (com ou sem medicamentos para emagrecer).Geralmente a queda de cabelos se inicia 2 a 4 meses após o fator desencadeante que pode ser bastante intensa assustando o paciente que se vê diante de um grande número de fios de cabelos soltos após penteá-los, durante o banho ou no travesseiro. Considerando que é normal a queda de até 100 fios, neste caso o número de fios que caem é bem maior. A doença não se acompanha de nenhum outro sintoma, mas pode estar associada a outras doenças, como a dermatite seborréica (caspa) que, quando intensa, também pode ser um fator desencadeante.O tratamento consiste na correção das causas, controle das doenças associadas e reposição nutricional e de certas vitaminas. O dermatologista também pode indicar medicamentos para serem aplicados diretamente no couro cabeludo, visando controlar o processo e estimular o crescimento de novos fios. É importante lembrar que a queda ocorre rapidamente, mas o crescimento de um novo fio é demorado. A recuperação e o crescimento dos pelos vão ser percebidos de forma gradativa.
- Alopecia Areata
A alopecia areata caracteriza-se pela perda intensa de fios com áreas ovais no couro cabeludo sem cabelo. Pode acometer apenas o couro cabeludo e também outros locais como sobrancelhas, cílios, área da barba, pubis e corpo. Sua causa não é totalmente conhecida, mas sabe-se que células do sistema imunológico atacam e destroem os fios. Pode ser desencadeada por estresse ou outras doenças autoimunes (doenças da tireóide, por exemplo). O tratamento consiste no uso de esteróide (tópico, oral ou injetável) ou de medicações imunossupressoras.
- Alopecia Areata
A alopecia areata caracteriza-se pela perda intensa de fios com áreas ovais no couro cabeludo sem cabelo. Pode acometer apenas o couro cabeludo e também outros locais como sobrancelhas, cílios, área da barba, pubis e corpo. Sua causa não é totalmente conhecida, mas sabe-se que células do sistema imunológico atacam e destroem os fios. Pode ser desencadeada por estresse ou outras doenças autoimunes (doenças da tireóide, por exemplo). O tratamento consiste no uso de esteróide (tópico, oral ou injetável) ou de medicações imunossupressoras.
- Alopecias cicatriciais
Esse nome é dado a um grupo de alopécias de natureza inflamatória que podem causar vermelhidão, descamação, coceira, áreas de cicatrizes e sem cabelo no couro cabeludo. Dentre elas destacam-se o lupus discóide, liquen plano pilar e alopécia fibrosante frontal. Cada uma possui um tratamento específico. O crescimento do cabelo no local vai depender
- Tricotilomania
É o hábito de arrancar os fios do couro cabeludo. Geralmente está relacionado a um distúrbio psicológico. Muitas vezes o paciente esconde este dado do médico. Mas exames de imagem ou biópsia podem fazer o diagnóstico correto.
Tratamentos
Além do tratamento clínico com medicamentos tópicos e orais podemos realizar procedimentos que estimulam o crescimento dos fios como:
Mesoterapia: consiste na aplicação de injeções com medicamentos que tratam e estimulam o crescimento do fio. São feitas, em média, 6 sessões com intervalo geralmente mensal entre elas.
São feitas, em média, 6 sessões com intervalo geralmente mensal entre elas.
Microagulhamento – dermaroller ®: Aparelho em formato de rolo com microagulhas que é passado no couro cabeludo. A aplicação estimula o crescimento e surgimento de novos folículos. A aplicação é feita com intervalo de 2-3 meses entre as sessões.
MMP (Microinfusão de medicamentos na pele): uma técnica que insere medicamento, que estimulam o crescimento de novos fios, através de microponturas no couro cabeludo. As sessões podem ser feitas mensalmente.